O flagra p/2

Ela sempre teve aquele tipo de comportamento passivo, onde deixava que pessoas comandassem a sua vida. E ela achou que tudo que acontecia realmente era para o seu bem. Mas agora, diante de tudo isso, percebeu o grave erro que havia cometido.

O homem colocou o roupão na sua cunhada, em uma tentativa de esconder aquela nudez, como uma proteção. E aquilo pareceu tão cavalheiro. Ele nunca foi assim com ela. Na verdade, a tratava sempre de forma tão rude, e ela não conseguia deixar de comparar.

Ele esboçou um leve sorriso de satisfação quando percebeu o quanto sua esposa evitava reagir a qualquer conflito. E aquilo o agradou profundamente, embora ele não estivesse feliz com o casamento. E agindo de maneira tão cínica e natural, ele vestiu a calça do seu terno de casamento e logo depois a sua camisa. – Bom, agora que nós já temos tudo esclarecido... esposa, essa aqui é a minha amante. – Ele disse aquilo de forma tão cínica por que pensou que nada aconteceria, que quando um jarro quase o acertou por pouco, ele ficou surpreso.

E foi preciso que ele desviasse mais algumas pares de vezes, enquanto a Madison reagia como uma pessoa normal pela primeira vez. E sem as amarras que o seu pai usou para cria-las, sem toda aquela pompa e fingimento, onde ela precisava fazer parecer que estava tudo sempre muito bem, muito perfeito, ela agarrou aquela veste quase transparente que a sua irmã usava e a rasgou com violência.

Quando ela sentiu as mãos daquele homem em seu corpo, tentando fazer com que ela se controlasse, não pode conter seus pés. E ela esbravejou e lutou, despejando tudo que estava em seu coração durante aquele noivado.

– Você é um porco, Cesare. Me solta! – Ela gritou a plenos pulmões

– Você precisa se acalmar! – Ele disse aquilo de forma tão cínica que soou entediado.

– Porque? – Ela jogou seu corpo para trás com toda força, desfazendo o detalhado penteado. A coroa caiu no chão e o seu barulho tilintou com o impacto.

– Porque eu a trai? Precisa de um motivo? – Ele diz aquilo da mesma forma sínica de sempre, que parece quase natural dele. – Você sabe que o nosso casamento foi forçado. Eu não te amo.

E ele geme de dor quando sente a cotovelada entre as suas costelas, finalmente a soltando. E na altura dos rins, ele coloca suas mãos, enquanto absorve aquele impacto. Porque ele não antecipou isso? Acontece que a Madison Reese sempre teve um histórico de calma, de mulher que não reage nunca, não importa o que aconteça. Ela era a doce garota de gelo. A garota que nunca se abala com nada. A obediente.

– Você disse que me amava! – ela afirma aquilo quase como um escárnio.

– Eu digo isso para todas elas, meu amor. É isso que os caras dizem quando as querem em suas camas. O que você esperava? Eu não pensei que acabaria me casando. Você mal saiu das fraldas. Sequer sabe fazer amor.

Seus olhos confusos percorreram aqueles olhos claros e cristalinos. O homem era realmente lindo, mas nunca prestou. E quando ela lembrou-se das vezes em que ele pulou seu internato, na expectativa de que ela fizesse dezoito anos para deflora-la, finalmente caiu em si. Como ela havia sido inocente. Ela sempre foi assim. Um homem de vinte e oito anos não faria aquilo por amor. Porque ela não pensou nisso antes? Porque ninguém a alertou? E pensar que seu pai a colocou ali porque ficaria bem longe de homens como ele.

Ela respirou fundo. – Eu achei que você gostasse disso. – Ela chora alto, mostrando seus dentes perfeitos em meio aos seus lindos lábios vermelhos.

– E eu gosto. – Ele se aproxima dela. – Eu adoro fazer amor com você, e te ensinar. Mas vamos ser sinceros. Um homem precisa de um pouco de ação de vez em quando. Papai e mamãe as vezes é muito chato.

A Madison chorou ainda mais com todas aquelas palavras. – Eu vou sumir da sua vida, Cesare Santorini.

– Não, meu amor. Você não vai! Não pode ir a lugar algum. Você me pertence agora. As coisas serão como eu quero.

– Você vai me acorrentar a cama? Sabe que é a única forma de me manter aqui com você.

– Se for preciso que eu faça, sim! O seu pai me mataria se soubesse de tudo isso.

Sara estava escutando tudo aquilo, e sinceramente, tudo parecia mais ofensivo agora. Ele também jurou seu amor por ela. Então, ela tentou escapar de fininho.

– Você! Você não vai a lugar nenhum. – Ela disse, apontando para aquela mulher.

– E é você que vai me impedir? – E ela fez questão de demonstrar seu desprezo quando analisou a Madison Reese de cima a abaixo.

– Sara, não fale mais besteiras. É melhor você sair.

– Porque? Você se importa tanto em perder a esposinha? A minha irmã é uma mosca morta.

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