Ela não é sua, mas sua mulher acha que sim.
O casal pareceu assombrado ao olhar para trás. O homem de pé, com aquele terno caro emanava poder e punição a qualquer um que o contrariasse.
Mesmo assim, o homem ainda estava ali, como um bom funcionário apaixonado, e pronto para defender sua amada do que quer que aquele senhor pudesse dizer.
– Não vai sair daqui? Eu e a Aurora temos que conversar.
– Senhora Reese! – Ele o corrigiu.
– Senhor, Santorini. Se puder nos dar licença... Eu e ele estamos conversando.
– O seu marido sabe disso? Você costuma ser assim tão fácil com todos, linda Aurora?
– O que? – O homem praticamente rugiu, segurando na cintura delicada que acabara de murchar junto com a barriga outrora grande. – Tenha mais respeito por ela.
Mas o senhor Santorini riu alto, exclamando a certeza das próprias palavras com uma certa arrogância. – Eu sabia que você dormia com qualquer um, mas o meu cavalariço?
– Ele não é só um cavalariço para mim. Eu o amo muito e...
– E o que? Pretende enrola-lo até quando?