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Capítulo 6 - Docas

– A missão hoje é simples, vamos combater alguns traficantes arruaceiros nas docas.

Totalmente concentrado e sério, o capitão Dimitri explicava do que se tratava a missão que eles teriam que cumprir e o papel de cada um nela.

– Nosso trabalho é apenas um: Extermínio. O governo foi bem claro quando disse que não queria nenhum preso.

Marie, um pouco surpresa, apenas balançou a cabeça em afirmação enquanto prestava atenção nas palavras daquele homem que, até então, ainda não havia conquistado seu respeito como capitão.

Mas cá estava ela, tendo que se submeter a alguém que nem mesmo considerava como seu superior.

Mesmo que a figura dele fosse ameaçadora, isso não significava nada para a garota que se via prestando atenção no movimento da cicatriz dele em seus lábios.

Se não me engano isso parece ter sido feito por uma faca quente.

Ela pensou enquanto analisava a cicatriz que transpassava seus lábios.

Entretanto, de alguma maneira aquela cicatriz combinava com ele. Algo entre os olhos escuros e os cabelos levemente longos e seu maxilar afiado fazia ela ter essa sensação.

– Claro, estamos na época de eleições, eles não vão querer gastar dinheiro público com isso.

Carlo comentou fazendo os pensamentos de Marie voltarem para o briefing da missão.

– Não me interessa como vão exterminar esses vermes, só não morram.

Reiterou o capitão vestindo sua balaclava cinza escuro.

– Damon e Ricci vão pelo leste, Vishal e Kappel vão pelo oeste e eu vou pelo centro. Existem poucas rotas de fuga, então vamos terminar isso rapidamente.

Explicou verificando suas armas e os carregadores, e enquanto todos faziam o mesmo, Marie guardou suas facas dentro do colete e pendurou o fuzil sobre o peito.

Ela normalmente não utilizava armas, mas era sempre bom tê-las, por isso manteve sua pistola também no coldre em sua cintura.

– Capitão, a Tenente disse ontem que era apenas uma combatente comum, não quer que eu vá com ela ao invés disso?

Carlo se dispôs atraindo os olhos entediados de Dimitri que posicionou seu capacete no lugar.

– Tenho certeza que o Vishal dá conta de proteger eles dois, e são só alguns traficantes, até uma criança conseguiria pegá-los.

Desdenhou o capitão nem mesmo se dando ao trabalho de olhar para as feições irritadas de Marie que tirou sua balaclava preta de dentro de seu bolso e vestindo ela.

Já entrando no carro que levaria eles para as docas, o indiano olhou para Marie com curiosidade.

– Você fica assustadora vestida assim, Tenente.

Ravi comentou com um sorriso fraco e Marie riu levemente puxando a balaclava o suficiente para dar ao indiano um sorriso cúmplice.

– Você ainda não viu nada, sargento.

[...]

– Aposto dez conto e uma cerveja que eu derrubo mais do que você hoje.

Damon comentou com Carlo do banco da frente enquanto o italiano, que estava sentado ao lado do capitão apenas riu.

– Não comigo aqui!

Carlo riu ainda comentando com o subtenente algumas coisas sobre a missão e no último banco daquele carro estavam Ravi e Marie.

– Tá tudo bem, tenente? Achei você mais calada hoje.

Ravi comentou enquanto olhava a paisagem fria do lado de fora do carro e Marie suspirou chamando a atenção do capitão de cabelos escuros que apenas fingiu desinteresse e continuou olhando para frente, mas com sua atenção no banco de trás.

– Estou bem, Ravi. Obrigada pela preocupação.

Ela agradeceu brincando com os próprios dedos sobre o seu colo e o sargento viu que ela parecia ainda um pouco sem jeito, talvez por estar envergonhada - o que não era o caso, mas ele não precisava saber - ou coisa assim.

– Meu nome é Ayaan.

O indiano comentou baixinho e os olhos de Marie finalmente se ergueram para encarar ele com curiosidade.

– Mas... como assim?

Perguntou ela e Dimitri não conseguia ouvir bem o assunto por seu irmão e Carlo estarem falando ainda sobre aquela aposta ridícula.

– Meu nome americano é Ravi, mas meu nome de verdade é Ayaan.

O moreno sorriu brilhante para a garota que não pode deixar de sorrir em reflexo do carisma daquele rapaz.

– É um nome muito bonito. Mas por quê decidiu me contar isso agora?

Inevitavelmente ela se sentiu impelida a perguntar, já que ele não sairia com essa informação do nada.

– Quando estávamos conversando hoje sobre o nome do Capitão e de Damon eu percebi que não havia contado para ninguém meu nome de verdade.

O indiano deu de ombros colocando seus óculos escuros e fechou o colete de seu peito. Eles estavam chegando nas docas.

– Espera... então apenas eu sei disso?

Marie perguntou lisonjeada e Ravi afirmou fazendo Dimitri bufar no banco da frente impaciente.

Já era para todos naquele carro estarem concentrados para a missão.

– Fiquem quietos! Precisamos manter o foco.

O capitão disse mau humorado e todos se calaram.

Ah, que Deus nos ajude. Pensou Marie revirando os olhos.

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