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Capítulo 7 - Facas

Narradora POV

Finalmente ao chegarem no local da missão, os militares desceram do carro na formação que haviam sido designados por seu capitão.

- Boa sorte, galera.

Comentou Carlo baixinho seguindo Damon para o lado leste e Marie apenas acenou com a cabeça liderando o caminho oposto junto de Ravi, enquanto Dimitri apenas observava seus subordinados obedecerem suas ordens.

Com escutas em seus ouvidos, eles continuavam a ouvir a voz do Capitão mesmo em uma distância considerável, então Marie bufou.

Era mais do que irritante ter que ouvir aquele homem falando o tempo inteiro em seu ouvido, por mais que a voz grave e rouca dele fosse quase um ópio de tão viciante.

Mas teria mais efeito sobre ela se ele simplesmente parasse de ser tão cretino.

Ao longe, depois de passar por alguns containers, Ravi sinalizou silenciosamente para Marie mostrando que haviam dois homens de costas para eles. Eles estavam armados e eram consideravelmente grandes.

- Deixa comigo.

Marie sussurrou tirando duas facas de dentro de seu colete e, quase como uma sombra, se esgueirou até aqueles homens o surpreendendo com cortes rápidos e profundos em seus pescoços.

O primeiro caiu com as mãos em seu pescoço e com o sangue jorrando pela pressão das artérias cortadas ao meio, o segundo até tentou puxar a própria arma, mas acabou sendo esfaqueado pela garota em seu plexo solar e também degolado.

Com o rosto impassível e em um silêncio quase que grotesco, Marie limpou suas facas nas roupas dos homens caídos no chão e Ravi olhava para ela de olhos arregalados ao máximo.

Ela realmente é assustadora.

Pensou ele enquanto tentava se recuperar daquela visão e quase escorregou naquela enorme poça de sangue no chão ao tentar acompanhar os passos rápidos de sua superior.

Ao longe, alguns tiros já eram ouvidos e Marie não pode deixar de olhar em volta e perceber que havia uma movimentação estranha em direção a onde Carlo e Damon estavam.

- Capitão, precisamos de reforços!

A voz de Ricci soou pela escuta e Marie mostrou à Ravi um caminho entre as fileiras de containers que interligava os dois lados das docas.

Mas ele hesitou em segui-la.

- Não podemos ir, o capitão não nos ordenou ainda.

O indiano sussurrou, mal se dando conta de que mais homens vinham na direção deles, então Marie o puxou pelo braço, arremessando uma de suas facas sobre o ombro dele bem no rosto de um dos traficantes e puxando sua pistola para disparar contra os outros dois.

- Presta atenção no que você está fazendo!

A tenente ralhou murnurando e indo até o morto no chão, arrancando sua faca do crânio alheio.

- E Carlo está pedindo ajuda, qualquer coisa diremos que fui eu que desviei nossa rota.

Marie disse cortando caminho pelo meio do lugar, o cheiro da maresia junto com sangue que respingou em suas roupas subindo às suas narinas.

Em uma sucessão rápida de mortes, Ravi e Marie avançaram para onde Carlo e Damon estavam encurralados por um número considerávelde homens armados.

Dimitri já estava lá, atirando como um verdadeiro soldado de elite e derrubando alguns, mas eram muitos os traficantes, ao ponto de que eles estavam começando a ficar sem saída.

Então Marie ajoelhou no chão e pegou o fuzil pendurado em seu peito.

- Não se aproxime mais, Ayaan.

Ela ordenou ao indiano que afirmou e fez o mesmo que ela, os dois conseguindo eliminar os homens daquela distância com precisão.

Claro que isso não passou desapercebido pelos olhos de Dimitri que os encarou de longe, vendo Marie eliminar aqueles traficantes como se fossem insetos irritantes.

- Me dá cobertura!

Ela disse pela escuta e todos afirmaram exceto o capitão que se mantinha calado vendo a progressão dela atrás dos barris.

Enquanto os traficantes estavam ocupados trocando tiros com os outros membros da equipe, ela seguia matando eles silenciosamente apenas com suas facas.

Primeiro cortando os tendões de seus joelhos para vê-los caírem e depois os matando com um único golpe.

No final de tudo, Marie tinha sua farda encharcada de sangue alheio e a parte de seu rosto que sua balaclava não cobria também estava respingada pelo líquido vermelho.

Seus coturnos estavam gosmentos e suas luvas insalubres.

- Que merda foi essa?!

Damon gritou ao longe com um sorriso no rosto ao ver que Marie havia eliminado 90% dos homens apenas com duas facas.

- Isso foi demais!

Carlo riu batendo as mãos com Ravi e Damon que comentavam animados o quão Marie parecia um anjo da morte matando todos aqueles homens como uma verdadeira açougueira.

- Ela não disse que era apenas um soldado comum?!

Damon comentou batendo no ombro de Marie que se aproximou tirando suas luvas com um sorrisinho onde só apareciam seus olhos pela balaclava suja de sangue.

O capitão, por sua vez apenas observava aquela cena tão surpreendido quanto os outros.

Ele havia sido informado da fama de Marie em seu outro regimento, sabia que ela era uma assassina de primeira grandeza, mas preferiu ignorar aquele fato por pensar que era apenas um pouco de nepotismo por causa dos pais dela.

Dimitri estava cansado de ver injustiças dentro do exército então estava pagando para ver se ela realmente faria jus a sua fama.

Mas vendo ela cortar aqueles homens como peças de salame, ele percebeu que talvez a ameaça que ela havia feito de esfolar ele talvez não tenha sido tão infundada assim.

- O que vocês vieram fazer desse lado das docas sem a minha autorização?

Foi a primeira coisa que ele perguntou tirando seu capacete e Marie não pode deixar de revirar os olhos.

Inacreditável. Pensou ela.

Salvar a vida dele não era motivo o suficiente para ele esquecer aquilo?

- Senhor, nós ouvimos o sargento Ricci pedindo por ajuda e...-

Ravi tentou se justificar antes da tenente mas o capitão o encarou de sobrancelhas franzidas.

- E vocês acharam que era o suficiente para passar por cima das minhas ordens?

Em um tom de voz irritado ele perguntou, enquanto Damon e Carlo já estavam se direcionando para o carro novamente, se poupando do monólogo de seu capitão.

- Eu mandei ele me seguir, se tiver que punir alguém, me puna.

Marie disse séria tirando o capacete e olhando diretamente dentro dos olhos de Dimitri que sentiu o ímpeto de esganar aquela mulher.

Que mulherzinha insolente. Ele pensou.

- Você é a novata, ele não deveria ter seguido as suas ordens, então naturalmente ele sofrerá consequências maiores.

Apontou o mais alto andando na frente deles tentando ignorar a expressão decepcionada no rosto de Ravi e a raiva crescente nos olhos da garota.

- Mas eu sou a superior dele, eu que tenho que ser punida.

Marie comentou apertando o passo para conseguir acompanhar o ritmo da caminhada de seu capitão.

Dimitri por sua vez, parou de andar e olhou para ela por cima de seu ombro.

- Tudo bem então.

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