Tony
- Ela é esperta. Quantas equipes entraram em contato pedindo isso – Perguntei a Amadeo depois que ele encerrou a ligação com Penélope. Eu estava em seu escritório quando a sua secretária passou a ligação. Eu me vi eufórico quando ouvi o seu nome dito pela secretária no interfone.
- Apenas ela. As outras queriam apenas tirar algumas dúvidas técnicas sobre o produto, mas solicitaram apenas uma reunião.
- Dê-lhes apenas o que pedirem. Assim vamos medir o brilhantismo de cada um.
- Ela é muito boa. Eu vi alguns dos seus trabalhos. Tão jovem e tão brilhante. Fala a verdade... você gostou dela.
- Profissionalmente?
- Não. Sexualmente.
- Eu não fodi com ela...
- E desde quando é preciso foder para gostar sexualmente. Algumas coisas a gente apenas sabe. Ela exala sexualidade, embora eu continue dizendo que ela não tem sequer um osso submisso em seu corpo. Ela é curiosa e isso é tudo.
- Eu não estou interessado. Não mesmo. Ela é bonita e inteligente, mas eu não estou interessado.
- Ahã.
- Estou falando sério. Entre em contato com Ugo, peça que ele providencie um ou duas salas do departamento de Marketing, incluindo a sala da ex-diretora. Vamos dar alguma utilidade aquele andar. Vejo você depois. – Eu me levantei e saí da sala dele. Eu estava em um estado constante de excitação desde a semana passada quando a vi pela primeira vez naquele club e só de falar sobre ela eu já estava ficando duro.
Eu tinha passado boa parte da tarde matando o trabalho. Sim, eu me dediquei a fuçar a vida dela. Eu olhei o seu f******k e vi as suas fotos em pelo menos mais duas redes sociais. Devo acrescentar que me masturbei mais duas vezes depois daquela primeira e devo acrescentar também que não me sinto nem um pouquinho orgulhoso disso. Primeiro que é algo deprimente, segundo que demonstra uma falta de controle acentuada da minha parte e isso apenas não se parece comigo. Sou um homem controlado, de movimentos calculados. E esse controle é exercido muito além do meu próprio corpo, se estendendo a todos os âmbitos da minha vida. Agora eu estava prestes a colocar mais uma pá de terra sobre a minha dignidade, por que eu sabia onde ela trabalhava e onde ela morava e estava indo bisbilhotar a vida dela. Eu tenho tanta consciência do absurdo dos meus atos que eu dispensei meu motorista e segurança para não ter testemunha desse acontecimento lamentável.
Estacionei próximo ao seu prédio e fiquei cerca de uma hora e meia apenas observando. Eu ouvi música e fiz chamadas de negócios. Eu falei com Matteo, mamãe, papai e Nella, eu até falei com Luca. Eu também olhei algumas fotos dela que eu havia baixado das redes sociais e me preocupei que ela não estivesse mais lá e a minha espera estivesse sendo em vão. Mas eu havia descoberto, após olhar os registros de entrada e saída da Mazza Telecom qual era o modelo, cor e placa do seu carro e ele estava há alguns metros de mim. Então, sim. Ela estava ali.
Passava das 18h00 quando um homem parou o carro ao lado do dela e encostou nele como se a tivesse esperando. Ela saiu em seguida e sim, meu pau se contraiu sob as minhas calças. Mas meu sangue também ferveu de raiva. Eu não havia visto nenhuma menção a ela estar em um relacionamento sério com alguém. Mas o cara estava ali e na primeira oportunidade colocou a mão em sua cintura e a puxou para si. Ele enfiou o rosto em seu pescoço e mesmo a distância eu poderia dizer que ela gostou daquilo. Porra! Quero mata-lo por tocar no que é meu.
Eu estava disposto a segui-los no meu carro. Será que ela iria no carro dele? Será que ele estava indo para a casa dela? Felizmente ou não, apenas caminharam juntos pela calçada até uma cantina na esquina. A parte ruim e que me fazia querer soca-lo a cada parte do caminho, era que a sua mão continuava firme na cintura dela.
Cerca de uma hora depois eles retornaram ao estacionamento e se despediram com um beijo e cada um seguiu um caminho diferente em seus respectivos carros. Mas eu ainda a segui até a porta do seu prédio e só então fui para casa.
LucaO beco atrás da boate estava completamente vazio. Um contraste com a entrada principal, onde havia uma não muito pequena fila de jovens ansiosos para entrar nas dependências da boate. Demétrius estacionou o carro e eu pulei sem esperar que ele abrisse a porta. Eu não estava preocupado. Apesar de estarmos em uma área pública, as câmeras de segurança instaladas nas paredes do prédio que abrigava a boate eram monitoradas pelos meus homens. Prova disso, foi que a porta logo foi aberta e a batida estridente se misturou ao barulho do tráfego a nossa volta. Enquanto no piso inferior funcionava uma boate como qualquer outra, onde as pessoas bebiam e dançavam, a parte de cima abrigava um clube onde as nossas mulheres entretinham desde os machos que fazem parte da Família até políticos influentes – Olá, chefe – cumprimentou-me Greg, que havia aberto a porta.- E aí cara?- Eles já estão aqui. Estão na área vip.- Vamos ver o que ele quer.Entrei no ambiente escuro com luzes intermitentes e
Andressa- Você é uma vergonha – meu pai berrou para o meu irmão que estava caído no chão após levar o terceiro soco do meu pai. Nas duas primeiras vezes ele até que se levantou, mas agora estava lá, prostrado. Sem nenhuma condição de erguer-se sozinho. Meus primos estavam a um canto observando sem se intrometer, esperando o comando do meu pai. O cheiro de álcool podia ser sentido à distância – O que você tinha que falar com Luca Sartori? Eu por acaso estou reclamando de dinheiro pra você. Quem deu autorização para agir em meu nome.- Eu não agi em seu nome.- Por mais que eu odeie isso, você é um Barbieri e o que você faz é em meu nome.- Eu não sou obrigado a me submeter aos Sartori.- Que merda você está falando? Juan Carlo Sartori é o Capo e mesmo quem não faz parte da Família se submete a ele. Quem você pensa que é?- Sou um Barbieri de verdade e não vou aceitar isso. Com todo respeito Papà, se o senhor não teve pulso para acabar com eles eu o terei.- Você só vai me envergonhar
PennyDefinitivamente eu não era uma madrugadora, então eu devia considerar um milagre a minha animação as sete da manhã para trabalhar no projeto Mazza, quando eu tinha ido para a cama depois da meia-noite. O fato é que eu estava realmente empolgada e encarando isso como um verdadeiro desafio. Mas uma coisa estava me incomodando em tudo. Era a necessidade de trabalhar no prédio da Mazza Telecom e eu não estou dizendo isso pela possibilidade de ver Antony Mazza. Tenho certeza de que poucos mortais têm acesso a ele e provavelmente eu devo ficar muito longe. Mas eu receava a própria dinâmica de trabalho, de estar fora do meu ambiente, com pessoas estranhas à minha volta. Enviar Dino ou Isabel também não era uma opção. Eu confiava plenamente na capacidade deles, mas ambos estavam com um número grande de projetos em execução. Sem falar que eu não delegaria esse projeto para ninguém.Depois de um banho e escolher uma roupa adequada para enfrentar o dia de trabalho, fui para a cozinha encon
TonyEu devo estar louco, porque qualquer coisa que diz respeito a essa mulher tem o poder de me deixar instantaneamente duro. A forma como ela pronunciou as palavras causou uma contração no meu pau, que já em ascensão depois de me deparar com a sua bunda paralisada na minha recepção. Inevitavelmente uma cena dela ontem sendo tocada por aquele homem tão intimamente fez o meu sangue ferver e eu queria puni-la por isso. Sim, se eu pudesse, eu a levaria para a minha sala e espancaria até a sua bunda está rosada. Sem seguida eu a curvaria sobre a mesa e foderia a sua bunda com força para que ela soubesse que ela me pertence e que homem nenhum pode tocá-la daquela maneira.- Eu... fiz alguma coisa errada?Porra! será que eu falei em voz alta? – por que pergunta isso?- É que o Senhor me olhou... de um jeito... achei que estivesse aborrecido com alguma coisa. - Não. Venha até a minha sala. Gostaria de falar com você um minuto.- Claro – ela me seguiu até o meu escritório – tem uma bela sal
Penny Uma semana se passou desde que eu me instalei no prédio da Mazza Telecom e foi melhor do que eu esperava. O aparelho era realmente muito bom, com uma série de recursos e eu me vi apaixonada por ele. Eu estava certa de que a primeira apresentação deveria ser um vídeo curto mostrando algumas facilidades que o aparelho traria para o dia-a-dia das pessoas, mas focando no diferencial. E eu até tinha conseguido criar um roteiro para ele. Encontrei algumas pessoas realmente competentes no que dizia respeito as suas áreas técnicas na equipe de marketing da própria empresa, porém eles precisavam de condução. Eu selecionei três deles para me auxiliar nessa nova etapa e marquei uma reunião com eles, Dino e Isabel.Eu estava saindo do elevador no andar da presidência quando me deparei com Antony Mazza. Quase não o havia visto na última semana, exceto em encontros furtivos nos corredores onde murmurávamos um cumprimento. A grande surpresa, porém, não era ele, mas de quem ele estava acompanh
BeatriceCaminhei lentamente até o local onde o carro estava estacionado. Sim, eu havia conseguido com que Tony almoçasse comigo e que ele confirmasse a sua presença no clube mais tarde. Mas eu não poderia ignorar o fato de que algo havia mudado entre nós. Eu percebi o exato momento em que tudo mudou. Foi durante a nossa exibição. Em um momento eu me senti plenamente desejada por ele. Seu olhar era pra mim, assim como cada respiração e cada pensamento. No instante seguinte, eu o havia perdido. Nunca, nesse tempo todo que estivemos juntos, eu havia me sentindo usada por ele. Era minha escolha estar onde eu estava e fazer o que eu fazia. Dar prazer a ele me satisfazia de tal maneira que o meu próprio prazer provinha daí. Da liberdade de escolher satisfazer a alguém. Servi-lo com o meu corpo e levá-lo ao limite, fazendo-o oscilar em seu controle. Mas algo mudara. Até na forma que ele me olhava. Não que eu tivesse achado que ele era apaixonado por mim. Não era, eu sabia. Mas ele me desej
Penny - Está se sentindo bem, Senhorita Ferrara? Quer que eu chame alguém? – o porteiro do meu prédio perguntou. Só então eu percebi que estava há um bom tempo encostada à parede do lado oposto aos elevadores.- Não, eu estou bem. Obrigada – Acho que o elevador estava aberto há algum tempo. Então eu apenas entrei e apertei o botão referente ao meu andar. Meus batimentos cardíacos ainda estavam acelerados e minha respiração estava ofegante. Por isso, quando o elevador parou no meu andar eu esperei um momento no corredor antes que eu pudesse entrar. Eu não queria ter que responder nada à Giovanna e ela era muito inteligente quando se tratava de descobrir as coisas.- Ei! Aí está você – Giovanna estava sentada no sofá com o seu notebook no colo, mas ela não estava olhando para mim. Estava ocupada demais digitando alguma coisa.- Olá. Ainda acordada? – Segui para a cozinha enquanto falava.- Sim. Estou escrevendo uma matéria sobre a restauração de obras de arte. – ela ainda não estava me
LucaA campainha soou insistentemente. Por um longo tempo eu a ignorei achando que alguém atenderia. Depois me lembrei de que Antônia não vinha trabalhar hoje e quem quer que estivesse do lado de fora não iria embora. Curiosamente o barulho parou e eu me permiti relaxar de novo. Cerca de um minuto depois ouvi sons de passos na escada e, numa fração de segundos, eu estava desperto com duas armas destravadas e apontadas para a porta – Sou eu, bonitão. Não atire – a voz de Petrus veio do outro lado da porta. Suspirei aliviado. Esse era o ônus de ser quem eu era. Vivia à espera do dia em que alguém atentaria contra a minha vida, sobressaltado.- Você sabe por que eu não te chamo de filho da puta, não é?- Por que você me ama?- Não. Por que a sua mãe também é a minha.- Ah! Isso. Pensei que fosse amor. Demétrius me deixou entrar. Ele me ouviu lá do apartamento dele. O cara é bom.- Sim. Ele é ótimo.Travei as armas e as coloquei de volta no local. Em seguida, levantei-me – Porra! Dá pra c