Estacionei o carro no mesmo lugar de sempre, peguei meu cigarro e celular, ajustei os óculos escuro no rosto e pulei para fora. A cabeça latejava, resultado de mais de 4 litros de álcool ingeridos num único dia. Peguei o analgésico do bolso, colocando dois no fundo da garganta e engolindo no seco.
Paralisei antes de abrir a porta da maçaneta, Heather estava debruçada no balcão, fazendo a limpeza dele. Dava para ver em seu rosto que ela teve uma péssima noite, senti um aperto no peito ao vê-la sofrendo. Respirei fundo e abri a porta, resmungando internamente sobre o barulho inconveniente do sino que tinha em cima dela.
Qualquer dia arranco esse sino no chute!
Tirei os óculos e coloquei na gola da camisa. Olhei para ela e mesmo sem levantar o olhar dava para perceber a tensão em seus ombros.
Ela sabia que era eu.
Senti meu coração palpitar e um nó se instalar em minha garganta, quase fazendo o remédio voltar.
Senti o mundo quase parando no exato momento em que ela me olhou, tive que m