POV Sophia Sinclair
Eu ainda estava no colo dele. Meu corpo tremia, uma mistura louca de exaustão, dor e aquele calor maldito que parecia não ter fim. A respiração dele raspava na minha pele. As mãos grandes seguravam minhas coxas como se ele estivesse decidindo se me largava… ou me destruía de novo.
Eu encostei a testa no peito dele. Fechei os olhos. O mundo parecia suspenso, como se a gente estivesse preso num universo só nosso, um universo onde dor e prazer eram a mesma coisa. Mas o silêncio depois do clímax era quase pior do que o próprio ato. Ele não dizia nada. Eu também não. Só sentia.
O vapor começou a sumir, a água ainda corria, mas nada podia esfriar o que a gente tinha acabado de fazer. Eu queria dizer algo. Qualquer coisa. Mas as palavras morreram na garganta. Porque eu sabia. Ali, entre o sangue lavado, os toques brutos, as mordidas… eu tinha me tornado dele. E ele, o meu maior abismo.
Ele me colocou no chão com cuidado. Diferente do bruto de antes. Diferente de tudo. Eu