Naquela manhã, Luz conheceu a versão de Tank que as amigas tanto falaram. Acordou assustada e se sentou na cama como se visse um monstro.
O rapaz divertido e até um pouco ingênuo que achava conhecer parecia transformado.
— Tank
Foi puxada da cama pelo braço, gritou.
— Tá me machucando!
— VOCÊ NÃO VIU NADA! CADÊ OS VESTIDOS, LUZ?
A menina não respondeu, não tinha como falar que Dállia estava com eles. Tentou se defender, mas foi atirada para fora da casa de Tank como se fosse uma boneca de pano, caiu no chão, as palmas das mãos cortadas pelo atrito com a terra, o orgulho destroçado enquanto as lágrimas molhavam o rosto borrado por uma maquiagem que havia demorado horas para fazer.
Tudo em vão.
Mas também não daria a Tank o que ele queria! Não daria.
O afastamento foi natural, os dias se passaram de um jeito estranho, Luz evitava qualquer contato com Tank e ele já tinha perdido completamente a esperança de reaver as roupas de Dállia.
Continuou com os bilhetes que ela nunca recebeu e com