Meses passam voando quando estamos dançando à beira do precipício, qualquer extremo faz a percepção de tempo mudar, alegrias que nos arrebatam, tristezas que nos isolam.
E foi isso que aconteceu naquela pequena casa que já não tinha o brilho de felicidade que um dia ostentou.
Tank jamais percebeu que estava sem receber os honorários da organização. Dylan fazia os depósitos todos os meses, não podia desobedecer ao chefe, mas podia fazer alguma coisa, e fez, não apenas os depósitos, como passou a se encontrar com o rapaz em campo aberto para treinamentos táticos.
— Você é bom, mas tem muita raiva aí dentro. Se não aprender a controlar isso, no final vai ser só um valentão daqueles que são odiados na escola, sabe?
— Tá legal, vou dar um jeito.
— Quer conversar?
— Conversar o quê?
— Sei lá, sobre o que te deixa assim. Às vezes te pego olhando para o nada, outras soca essa árvore como se enxergasse outra coisa na sua frente. Nem sei como a coitada ainda não caiu.
— Testosterona. Já