E como se o amor pudesse ser a base para tudo, na manhã seguinte, Tank acordou decidido a realizar aquele sonho, pela primeira vez se viu olhando para o que queria e não apenas para o futuro da irmã. Talvez, e só talvez, pudesse ser assim e o mundo tivesse espaço para que ambos fossem felizes e não apenas ela. Conversou com o gerente do hotel, saber que Endi havia dado cartas brancas a ele fazia tudo mais fácil. Quase gostou do poder.— Preciso de um funcionário seu. — Sim, senhor Theodoro. — Tank, me chame de Tank, por favor. — Sinto muito, senhor Theodoro, mas o senhor Foster deixou ordens claras de que o senhor ainda não foi promovido. Disse que deveria ser exatamente essa a resposta caso pedisse para ser chamado de Tank. O gerente pegou o celular, pigarreou e leu a mensagem que vinha ensaiando para quando aquele dia chegasse. — Seu nome só passa a ser Tank quando concluir a sua primeira missão, não esqueça que está nela e cada passo seu está sendo avaliado. Será uma honra t
Naquela manhã, Dállia ganhou um verdadeiro banquete, Buck deu ao amigo o primeiro carrinho, piscou para ele. — Vai lá, senhor. Tank olhou, o carrinho de serviço estava totalmente decorado com dálias brancas e rosas, sobre a bandeja principal vários morangos e em torno alguns vidrinhos com leite condensado, creme de leite e uma cascata de chocolate. Outros quatro carrinhos foram levados para dentro do quarto com bolo, queijos, petiscos e outras guloseimas. — MEU DEUS, TANK! A menina exclamou em meio ao sorriso, os olhos iam dele para aquele exagero romântico e voltavam para ele. Foram deixados sozinhos, mas Tank a pegou no colo antes que a menina pudesse se levantar. o, entre em contato pelo direct do instagram @hecatecatherine — Hei! Eu quero um morango! — São todos seus, mas nunca mais vai comer nada com pressa minha flor. Eu quero dar na sua boca cada um dos morangos que comer até o fim da minha vida. — Ou da minha. A simples menção de que algo podia acontecer a Dállia fe
Para Tank não tinha mais nenhum sentido aquele compromisso, havia convidado Buck porque queria um conselho, uma companhia, alguém com quem pudesse dividir a ansiedade daquela decisão, mas Dállia tinha estragado tudo. — Me leva para visitar o Isaac? — Claro, senhor, mas foi para isso que me convidou? — Foi Buck, foi, meu amigo. Não era mentira, Tank pretendia passar em uma loja de brinquedos e conhecer o menino. Saber pessoalmente o que faltava, o número das roupas que usava, ver se a cama era adequada. Jamais conseguiria atender todas as necessidades de Isaac de uma vez, mas aos poucos poderia ir ajudando até que o garotinho tivesse mais conforto. — Obrigado, senhor. Vem, o ônibus passa aqui perto. — Vamos de carro, Buck Foram, mas ainda no caminho Tank contou ao amigo o que pretendia e como Dállia tinha conseguido estragar absolutamente tudo. — O senhor pretendia comprar uma casa, disse que foi a primeira noite de vocês juntos, pediu uma mulher em casamento e está desistindo
Chegou de volta ao Hotel Emma com a certeza de que teria algumas multas para resolver, mas pela primeira vez não fez conta sobre dinheiro. Entrou no quarto de uma vez e encontrou Dállia com a cabeça baixa segurando um pacote enorme. — TANK! Ela se atirou nos braços do rapaz como se tivessem ficado anos separados e não apenas aqueles poucos minutos. O medo de que a liberdade tivesse um preço alto demais a dominou, nem mesmo a empolgação com a carta de Mel foi capaz de fazê-la abrir o embrulho. A esposa do capo havia enviado roupas para que Dállia pudesse trabalhar em um escritório da organização. Começaria como uma assistente, um salário baixo, mas Mel garantiu que se ela focasse no trabalho e aceitasse voltar a estudar, teria a oportunidade de crescer. Foi a primeira vez que alguém acreditou que ela poderia ser mais do que um corpo, ainda assim, Dállia não experimentou as roupas e nem quis ir adiante com aquela escolha. Já Tank reconquistou o ar com aquele abraço, a apertou jun
Os movimentos continuaram enquanto a boca de Tank percorreu a pele da menina, deixou o pescoço marcado pela barba sem fazer, os lábios inchados pelos beijos quase desesperados. E Dállia gemeu alto para ele quando o prazer se intensificou ao ponto da explosão. A menina se agarrou ainda mais a ele e quando finalmente Dállia relaxou o corpo, Tank já estava quase com câimbras no braço. — Eu te amo, eu te amo, minha flor. O sorriso satisfeito ficou ainda maior e ele adorava ver aquele sorriso. Pensou que precisava de um plano, qualquer um que a fizesse sorrir daquele jeito todos os dias. Se afastou alguns centímetros, imaginou que ela deveria estar com dor na perna, mas ela se agarrou a ele. — Fica— Oh, minha flor. Eu preciso, mas eu vou com o seu cheiro em grudado em mim. Passou a mão no rosto, cheirou e terminou fechando os olhos com a sensação que teve. — Você vai demorar? — Oh, minha flor, eu não vou mentir para você. Vai demorar um pouco, mas vamos dormir abraçados e amanhã
Um raio de sol entrava por uma pequena fresta aberta da janela, a casa de madeira era escura e o cheiro estranho, mas o brilho que entrava potente a encantou. Partículas de poeira dançavam na luz enquanto o corpo de Dállia se movia com o impulso do corpo velho sobre o dela.Os sons eram estranhos, bizarros, mas ela se focou na luz, no tímido raio solar e na poeira dançante. Já estava acostumada com a dor, a maioria das vezes nem incomodava mais.Foi virada de bruços sobre a mesa, a toalha branca ficou enrolada sob o seu corpo, os movimentos continuaram, firmes, violentos e acompanhados daqueles ruídos animalescos.E foi exatamente nesse minuto que tudo mudou.Quando Dállia foi virada sobre a mesa ela lamentou que não pudesse mais olhar para a luz e foi na escuridão que seus olhos cruzaram com os de Tank pela primeira vez.Ele estava ali, parado, olhando para ela como se visse um animal ser abatido. Uma mistura de desprezo e pena que a fez fechar os olhos, segurou mais firme na borda d
Ele era diferente, não se parecia em nada com os homens da comunidade em que Dállia vivia antes de ser vendida ao marido. Tank parecia rústico e ao mesmo tempo os olhos traziam uma força diferente, dilacerante, algo que a atraia.Mas os dias passaram e ele nem sequer a olhou, nem mesmo uma única vez. Tank passava por ela como se ninguém existisse, somente ele e Amara.De certa forma, havia beleza naquele desprezo, era como se Tank e a irmã pudessem viver em um mundo próprio, algo só deles, onde as risadas e as músicas se espalhavam pela casa de um jeito que Dállia achava lindo.Em uma manhã, depois que o marido saiu para o trabalho, ela se aproximou devagar do quarto de Amara, a música estava alta e os irmãos conversavam animados enquanto comiam algo que Tank havia comprado.Eles não comiam nada que ela cozinhasse, não importava o quanto Dállia se esforçasse para agradar, Tank sempre passava em algum lugar e trazia marmitas que dividia com a irmã. Se esforçou para ouvir o que falavam.
Tank voltou para casa após o treino ser cancelado, detestava todas as vezes que isso acontecia, mas Dylan não era um soldado comum, tinha manias estranhas, não avisava quando faltaria e vivia correndo atrás da mulher como um cachorrinho abandonado.Ninguém achava Zoey bonita o bastante para receber tanta atenção, mas jamais alguém ousou falar isso, ao menos não para o chefe de treinamento. Seria como pedir para passar uma longa temporada no centro médico e talvez, nem voltar.Abriu a porta com um humor péssimo, odiava aquela casa e tudo o que ligava ao pai. Russo nunca foi um pai amoroso, mas as coisas tinham piorado muito desde que a mãe de Tank faleceu.Respirou fundo e entrou, teria ido direto para o quarto se a música que vinha do quarto da irmã não tivesse chamado a sua atenção.— Amara, droga! Faltou à aulaReclamou apenas em pensamento, não quis chamar atenção da irmã, achou que a pegaria em flagrante. Precisava que ao menos Amara tivesse um futuro, que alguém daquela família f