Ela se lembrava, não apenas de dormir no peito dele, mas também de como Tank se levantava com todo cuidado do mundo tentando não a acordar.
Também só era inteira quando estavam juntos.
Passou a mão no rosto do rapaz.
— Vai me dizer o que fizeram com você?
— Não aconteceu nada, eu achei que tivesse, achei que tivesse perdido tudo hoje. Mas eu não perdi, perdi, minha flor?
Dállia negou com a cabeça, Tank não a perderia nunca e era uma pena que ele não soubesse disso.
Foram juntos para o banheiro e o rapaz olhou para o lugar como quem julga tudo.
— Como conseguiu tudo isso? Esse banheiro é maior do que o meu quarto.
A menina não respondeu, continuou tirando a roupa de Tank, os olhos percorrendo cada um daqueles machucados, qualquer outro homem estaria em um hospital e não ali.
Era isso que ela enxergava, dedicação, amor, cuidado.
— Responde, Dállia! O que precisou fazer para conseguir esse quarto?
Para ela a pergunta parecia uma acusação, mas para ele cada palavra doía como br