Théo nunca ficou tão confuso com alguma coisa quanto estava com Amara, tinha certeza de que ela gostava dele, os sinais estavam todos ali.
Já tinha lido sobre os sintomas.
As pupilas dilatadas, a frequência respiratória alterada, os movimentos involuntários de aproximação. Mas e se todos esses sinais fossem apenas variáveis confusas no meio de um sistema emocional caótico? Ou pior. E se ele fosse o único a apresentar esses sintomas e estivesse projetando o que queria ver?
Conversou com o pai. Estava nervoso, estralava os dedos, digitava algo, depois recomeçava e Sombra ficou sentado do outro lado do quarto apenas ouvindo.
Théo não aceitava que ninguém se sentasse em sua cama, na verdade havia duas exceções, uma loirinha linda que invadia o quarto do irmão e fazia tudo o que quisesse sem que o rapaz reclamasse de nada.
E por Amara, o assunto daquele quase monólogo que o rapaz estava fazendo.
Théo parou de digitar, esfregou o rosto com tanta força que ficou vermelho, sentia o corpo todo