194 – A marca e o Mito

Dállia já estava acostumada com a forma de Tank se referir ao cunhado, ela achava que o namorado se sentia na obrigação de não gostar de Théo, mesmo que no fundo gostasse.

— Acho que ele deve estar preocupado, o pai acabou de ter um infarto.

Tank puxou a perna da namorada para o colo dele e ficou massageando os dedos, um a um enquanto falava.

— Não, o pai dele está bem, até me ligou. Foi o Conselheiro que me mandou voltar, falou que tinha alguma coisa a ver com a Foquinha.

A menina comeu mais um morango antes de entrar naquele assunto, quase como se quisesse adoçar a boca antes de falar da cunhada.

— Ela veio aqui, estava te procurando, acho que deveria falar com ela, Tank.

— Não estou a fim.

— Amara te ama, sabe disso.

O rapaz ergueu os ombros como se não se importasse, mas respondeu com a verdade.

— Também amo a Foquinha. Eu voltei porque o conselheiro disse que ela estava com algum tipo de mau olhado, feitiço, ou sei lá.

— Feitiço?

— É. Foi o que eu entendi. O pai do anticristo es
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