Tank não estava convencido de que a médica do comando fosse tão boa quanto todos diziam, ela parecia não se importar com nada. Falava como se estivesse consertando um motor de carro e não outro ser humano.
Lara respirou fundo olhou para Tank.
O rapaz estava com as mãos trêmulas, segurando a mão da namorada como se fosse ela que o mantinha preso a vida. Não podia demonstrar medo. Não naquele momento. Não para ele. Ela se aproximou da maca e falou fingindo calma.
— Vamos lá, Dállia. Fica comigo. Seu bebê está bem… você está bem. Só mais um pouquinho e volta para casa.
A forma como Lara se comportava era diferente, estabilizou a pressão, ajustou os monitores, mas fez todos os procedimentos explicando ao rapaz o motivo de cada um.
— Vamos manter ela dormindo, é bom que a Dállia fique tranquila para que sangramento não piore, mas ela está bem, Tank.
Quando conseguiu que a menina ficasse realmente fora de perigo, ela tirou as luvas e segurou as mãos do rapaz.
— Cuida dela. Eu já volto! Pro