A tarde estava quente e Joshuá se perdeu olhando pelo retrovisor para a menina ao seu lado, a achava linda, sempre achou. Às vezes queria ter a coragem que a namorada tinha, Hope vivia de um jeito tão leve, mas sempre acabava ferida.
Sentiu vontade de chorar, mas não podia. Continuou dirigindo e quando viu uma sorveteria ele simplesmente parou o carro.
— Aonde vamos agora?
— Eu vou tomar sorvete com a minha namorada e você? Chocolate ou morango?
Hope sorriu, era bom vê-la sorrindo.
Desceu do carro, abriu a porta para ela e entraram na sorveteria de mãos dadas. Joshuá queria ser como os homens da organização, descobrir quem havia machucado a namorada, fazer algo para vingar aquela dor, mas tudo o que sabia era mexer com números, jogar xadrez e manipular a rede de internet.
Não era suficiente! Quase sempre se sentia assim quando o assunto era Hope.
Um eterno quase.
Quase um bom namorado, quase conseguia fazê-la feliz, quase...quase...
Mas nunca o bastante.
Puxou cadeira para a menina, e