Com as mãos ainda trêmulas de raiva, Sofia buscou no closet um vestido que gritasse poder e sensualidade, uma armadura para a batalha que ela sabia que viria. Escolheu um modelo de seda preta, justo ao corpo, que realçava suas curvas e possuía uma fenda audaciosa na coxa, revelando um vislumbre de pele. O decote era profundo, mas elegante, e ela adicionou um colar discreto de diamantes que capturava a luz, contrastando com o tecido escuro. O cabelo, antes em um penteado de noiva, foi solto em ondas cascatas sobre os ombros, e a maquiagem foi retocada para realçar seus olhos com um toque esfumaçado e os lábios em um vermelho vibrante. Não era a imagem da noiva recém-casada, mas sim a da mulher que estava prestes a recuperar o controle.
Desceu a escadaria com uma confiança renovada, cada passo um desafio silencioso para aquela casa silenciosa e hostil. O saguão estava vazio, a não ser por Marta, que aguardava impassível. Sofia caminhou até a sala de estar, onde uma lareira crepitava sua