O rangido suave da porta da pousada pareceu amplificado no silêncio profundo da noite. Ana a fechou com o máximo cuidado, sentindo o ar frio da madrugada abraçá-la. A luz fraca do abajur do corredor mal iluminava seu caminho enquanto ela subia os degraus, cada um deles um eco amortecido em seus ouvidos. Depois de tanto dias já era um caminho conhecido, a familiaridade a ajudou a caminhar no escuro sem esbarrar em nada. Todos estavam dormindo, a pousada imersa em uma quietude que contrastava vivamente com a noite que ela acabara de passar.
Um sorriso leve brincou em seus lábios enquanto ela destrancava a porta do quarto. A imagem de Rafael, com as bochechas coradas, tentando desesperadamente ignorar o fato de estar apenas de cueca na frente dela e ela fingindo não estar de olho naquele corpo, que corpo! As bochechas ficam coradas só de lembrar. Tinha que admitir ele era bonito, muito bonito e o vislumbre do corpo a deixou sem fôlego. O tom caramelo da pele, o corpo robusto, de repente