Enrico
Poucas pessoas nessa vida conseguem me despertar tanto ódio quanto o Daniel e, para além do asco que sinto por tudo o que ele já me fez, juntar as peças e entender o que ele está fazendo com a Sarah, eleva muito as coisas.
O olhar dela não era apenas de ódio, havia medo nele e eu nem quero imaginar o motivo, mas, seja lá o que for, não vou deixar que ele faça nada contra ela.
Envio uma mensagem ao motorista e peço o endereço dado por ela. Também peço que ele não vá embora, apenas finja, e fique por perto, caso eu precise.
Quando a mensagem com o endereço chega, eu já estou no estacionamento, mas, para a minha infelicidade, encontro Alexia e o João, que estão com a Isabela.
— Enrico, o que houve com a Sarah? — João, de braços cruzados, avalia a minha expressão.
— Leva as meninas pra casa, ela não explicou e só saiu correndo, mas, foi com o motorista então eu vou atrás.
— Eu posso ir. Ela não vai querer um estranho por perto, melhor que seja um amigo, não acha? — Insiste e eu sus