Arlissa
Proteção, carinho, paz e felicidade. Tudo isso eu sinto, e Owen também sentia, enquanto dançávamos juntos. Eu e ele não precisávamos de palavras para nos comunicarmos ou de grandes gestos para nos entendermos.
Ninguém, além da minha família, cuidou de mim assim: sem olhares maliciosos ou segundas intenções. Apenas cuidou, para me ver bem e segura. Ele limpou o sangue para que ninguém soubesse o que aconteceu, não me pressionou a falar e respeitou o meu espaço e tempo.
Ele é muito diferente da Elionor e ainda mais do que as pessoas dizem dele. Ele é único e especial. Ele é Owen Santa Cruz.
Parámos de dançar e rimos sem motivo algum. Voltámos a sentar e pegámos nas nossas taças de vinho. Bebemos mais um pouco e decidimos dormir. Entrei no quarto, e ele ficou na porta.
— Vais ficar aí? — perguntei, já a arrumar a cama para dormir.
— Vou dormir no outro quarto.
— Não, dorme aqui. Por favor! — Como evoluí, e olha que não foi uma boa evolução.
— Tens a certeza? — Perguntou, relutan