Os dois ficaram claramente tensos com o que eu disse. Não era inesperado, mas a ansiedade era evidente.
— Carolina, nós já sabemos o que aconteceu. A culpa não é sua. É daquele idiota do Sebastião! Eu já dei uma bronca nele. Vou obrigá-lo a voltar aqui e te pedir desculpas... — Cátia começou a falar antes mesmo que eu pudesse abrir a boca, despejando toda sua raiva em cima de Sebastião.
Ela estava tentando, com todas as forças, evitar que eu dissesse o que eles não queriam ouvir.
João, por outro lado, era mais racional e interrompeu Cátia.
— Deixe a Carolina falar.
Cátia apertou ainda mais minha mão, seu olhar cheio de preocupação e nervosismo, refletindo o que ela havia acabado de dizer. Eu abaixei o olhar por um instante, tentando manter o foco e não me deixar abalar por aquele carinho genuíno.
— Tio, tia... Eu e Sebastião terminamos. — Minha voz soou firme, mas o silêncio que tomou conta do ambiente foi ensurdecedor. A única coisa que senti foi o aperto ainda mais forte da mão de Cá