Mas, naquele momento, eu não conseguia afastá-lo. Eu precisava de uma redenção.
Mesmo que fosse apenas por um instante.
Meu corpo ficou leve, e George me ergueu nos braços. Tia Cátia nos chamou novamente.
— Carol, George, vocês...
— Vou levá-la de volta agora. Quanto às decisões dela, deixaremos para depois. — Disse George, e logo me carregou, dando passos largos em direção à saída.
Quando ele me colocou no carro, eu segurei seu colarinho, encostando o rosto em seu pescoço, e comecei a chorar, sem conseguir controlar.
George não se moveu, deixou-me chorar, permitindo que meu choro, minhas lágrimas e meu nariz escorrendo sujassem sua roupa.
Chorei até faltar o ar, e ele me levou ao hospital.
Deitada lá, finalmente consegui acalmar minha mente, mas ainda assim, minha cabeça estava um turbilhão de confusão.
Eu nem sabia o que fazer, o que viria a seguir?
Deveria chamar a polícia e enviar João para a cadeia, vingando meus pais?
Mas aquilo não seria vingança, seria apenas garantir que pesso