— Por que você veio? — Ele largou o trabalho que tinha nas mãos.
Caminhei até suas costas e acariciei o queixo dele:
— Senti saudades.
A declaração repentina não trouxe alegria ao rosto dele; pelo contrário, parecia que algo estava errado. Ele segurou minha cintura com firmeza e, num movimento ágil, me colocou no colo dele:
— O que aconteceu?
Olhando para o semblante preocupado dele, toquei de leve o nariz dele com o dedo e sorri:
— Como é que você sempre sabe de tudo?
— Então não esconda nada.
— A Luana foi para o exterior. — Comecei falando da Luana, mas não mencionei nada sobre o Pedro.
Ele não demonstrou nenhuma surpresa, apenas respondeu com um simples:
— Ah.
O nariz de George era alto e bem desenhado. Meus dedos traçaram os contornos dele:
— George, você é homem. Sabe como os homens pensam. Me diz uma coisa: homens gostam que as mulheres fiquem muito grudadas neles?
— Está perguntando pela Luana? — Ele me observava, permitindo que eu continuasse acariciando-o.
—