O bebê nasceu prematuro, com apenas sete meses e meio. Era quase translúcido, deitado na incubadora, e bastava um olhar para que o coração de qualquer um se partisse.
Luana também não sabia dizer se ele sobreviveria. Tudo dependia da força e da sorte da criança.
Lídia não conseguiu pular do prédio, mas quem acabou pagando o preço foi o bebê.
Ela mesma também não saiu ilesa. Teve uma ruptura uterina, sofreu uma grave hemorragia e precisou retirar o útero.
Estar viva era quase um milagre. Quanto ao que seria dela daqui em diante, eu já não me importava.
Mas aquele bebê... Era difícil não sentir pena. Ele perdeu o pai biológico, os pais de Fernando não o reconheciam, e o pior de tudo: Lídia, provavelmente, nunca o amaria de verdade.
Se ela realmente amasse aquela criança, não teria usado a gravidez para manipular tantas vezes.
Quando George chegou ao hospital para me buscar, seu rosto estava sério. Luana deu uma cotovelada leve no meu braço e comentou:
— Seu noivo tá bravo.
E, sim, eu tam