Edgar realmente queria me convidar para jantar, e antes, quando eu estava tirando sangue, George sussurrou em meu ouvido.
Naquele momento, achei que ele só queria me distrair, jogando qualquer conversa fora. Mas, pelo visto, ele falava sério.
— É o chefe Edgar? — George perguntou, direto como sempre.
— Uhum. — Respondi, encarando-o. — George, foi você que pediu para ele me convidar, não foi?
Ele era o chefe do Edgar, e uma simples palavra sua bastaria para que Edgar obedecesse sem pestanejar.
George franziu levemente o cenho.
— Não.
Sorri com sarcasmo. Ele só podia estar negando para não admitir que estava por trás disso.
— Ele me avisou antes. — George acrescentou, como se quisesse esclarecer.
Era mesmo verdade? Eu não fazia questão de descobrir. Se alguém queria me pagar um jantar, por que não aceitar?
Dei de ombros e perguntei:
— Eu disse que sim. Você vai?
— Uhum. — Mais uma vez, o mesmo “uhum”. Se alguém fizesse uma estatística do vocabulário dele, essa seria, sem dúvida, a palav