— Já quer descartar o George depois de usar o pobre coitado? — Luana soltou, com aquele tom exagerado que só ela sabia fazer.
— Que história é essa? — Retruquei, indignada.
Ela bufou, cruzando os braços.
— E ainda tem coragem de perguntar?
Luana apontou para o próprio pescoço, depois apoiou as mãos na beira da cama, inclinando-se para me encarar de perto.
— Carol, nunca imaginei que você fosse tão ousada. Parece que você guardou toda a energia acumulada nesses últimos vinte anos só pra usar no George.
Engoli em seco, lembrando do chupão que eu tinha deixado de propósito no pescoço dele.
— Não é nada disso que você está pensando... Na verdade...
Luana ergueu a mão, me interrompendo no meio da frase.
— Não precisa explicar.
Eu soltei uma risada sem jeito. Ela tinha razão, quanto mais eu tentasse justificar, pior ia parecer.
Ela me olhou com um meio sorriso no rosto.
— E agora? Tá mais tranquila?
Eu sabia do que ela estava falando. Era sobre as investigações do acide