George me olhava, e eu podia sentir sua tensão.
Era evidente que ele estava nervoso.
No fundo, era engraçado. Homens que amam de verdade raramente são generosos quando o assunto é ciúmes, e George não era exceção.
Vendo aquele lado dele tão raro, tão diferente do seu habitual autocontrole, não consegui evitar um sorriso discreto. Mas, só para provocar, mantive a expressão séria enquanto parava bem na frente dele, sem dizer uma palavra.
George abriu a boca, como se quisesse falar algo, mas parecia estar lutando internamente para decidir se devia ou não dizer. Ele, que sempre foi direto e objetivo, agora estava ali, hesitante, como uma criança que fez algo errado e não sabe como se explicar.
Não aguentei. A cena era tão engraçada que acabei soltando uma risada.
Minha reação o deixou ainda mais confuso.
— Carina… — Ele disse, sem entender nada.
Peguei o café que ele tinha preparado para mim e, ficando na ponta dos pés, dei um beijo rápido em sua bochecha.
— Obrigada. — D