Cátia colocou o garfo na mesa e virou-se para mim, com um olhar carregado de lembranças.
— Sim, na época eles já estavam prestes a assinar o contrato.
Provavelmente era aquele contrato que eu tinha encontrado no caderno do meu pai.
— Foi por causa do acidente de carro que não assinaram? — Perguntei, com a voz trêmula.
Cátia assentiu com a cabeça, confirmando.
Minha respiração ficou presa no peito. Era como se uma onda gigante estivesse se formando dentro de mim, prestes a explodir. Nesse momento, ouvi Cátia suspirar profundamente.
— Aquele contrato era o primeiro negócio de parceria entre seu pai e seu tio.
O quê? Aquele contrato já incluía o João desde o início? Não era nada do que eu imaginava?
— Seu pai e seu tio fizeram de tudo para conseguir trabalhar com o Felipe, o dono do Grupo Furtado. Eles saíram para pescar com ele, correram de carro juntos... Até pular de paraquedas porque ele insistiu. — Disse Cátia, balançando a cabeça em descrença.
— O Felipe vinha de u