Benedita me olhou com os olhos brilhando intensamente, quase como se estivesse esperando uma resposta.
— Cunhada, você tem alguma solução? — Perguntou ela, com uma expressão de esperança que iluminava o ambiente.
Eu fiquei em silêncio por alguns segundos, tentando encontrar as palavras.
Soluções, eu tinha, sem dúvida. Mas, ao pensar no que George não se atreveu a fazer, eu me perguntava: seria eu capaz de arriscar?
Se desse certo, seria maravilhoso. Mas, se falhasse, não seria apenas George quem me condenaria. Seria o peso da culpa e da tristeza que ele carregaria pela vida toda. Eu sabia que ele jamais me perdoaria. E o pior, o sofrimento dele seria insuportável.
— Cunhada, você também não tem uma solução, né? — Benedita interpretou meu silêncio como uma resposta negativa.
Ela abaixou os olhos, seu semblante carregado de uma melancolia profunda.
— Meu irmão nem ao menos tenta, porque o risco é muito grande. Eu sei que, do jeito que estou, ninguém pode garantir nada.
Ela suspirou, e en