Meu coração estava tocado.
Embora eu fosse apenas uma filha adotiva nesta casa, os pais de Sebastião me deram o mesmo carinho e amor que dariam a uma filha biológica. Eles me tratavam como uma filha de verdade. Lembro-me de Miguel Martins, o irmão de Sebastião, brincando que, desde que eu cheguei, ele e Sebastião haviam perdido o favoritismo.
Luana estava certa. Eu poderia romper com Sebastião, mas era difícil romper com a família Martins. Respirei fundo e empurrei a porta para entrar.
Todos os olhares se voltaram para mim, e a mãe de Martins se levantou e veio ao meu encontro: — Carolinha, você voltou. Estávamos esperando você para jantar.
— Tia, tio. — Cumprimentei, e Sebastião levou um chute do pai de Martins, levantando-se para vir até mim. Ele pegou minha bolsa: — Por que voltou tão tarde?
— Estava jogando bilhar. — Eu sabia que Pedro contaria a ele sobre nosso encontro, então não havia nada a esconder.
Sebastião franziu a testa: — Da próxima vez que for, me chame para ir junto.