Lídia ficava imediatamente com o rosto pálido, com lágrimas rolando nos olhos. Ela parecia extremamente vulnerável, prestes a desabar.
— Sebastião, você está cansado de mim, não está? — As lágrimas de Lídia caíram enquanto ela fala.
Sebastião não disse nada, mas o ambiente ao seu redor ficava carregado.
— Se Fernando estivesse bem, eu não se incomodaria... — A voz de Lídia era baixa, mas suas palavras eram pesadas.
— Você pode me incomodar, mas não incomode ela. — Sebastião se referia a mim.
Parecia que eles iam começar a brigar. Não sabia se devia ficar ou sair.
— Entendi, não vou mais os incomodar. — Lídia se virou e saí rapidamente.
Dessa vez, Sebastião não a seguiu, mas olhava para mim, eu baixei a cabeça e sigui em direção à saída.
Sebastião me acompanhava de perto. Ao sairmos do café, ouvimos o som agudo de um freio de carro.
Levantamos a cabeça ao mesmo tempo e vimos Lídia sendo atropelada por um carro que saiu da garagem.
— Lídia! — Sebastião exclamou e correu em sua direção.
E