Gustavo fez um sinal com a mão, e um de seus homens atirou uma cobra naja dentro do recipiente.
A cobra deslizou rapidamente pela água espessa, até que se enrolou no pescoço de Geraldo. Sem hesitar, cravou suas presas na carne exposta.
Geraldo não emitiu som algum, apenas franziu o cenho, demonstrando uma leve reação.
Ele já havia suportado coisas muito piores. As torturas do passado o tornaram imune a esse tipo de dor. Além disso, Gustavo o mantinha vivo por um motivo. Ele tinha algum valor. Se assim não fosse, já estaria morto.
Um sorriso sarcástico surgiu no rosto de Geraldo.
— Melhor acabar logo comigo ou me deixar em um estado onde eu não consiga reagir. — Sua voz era firme, mas seus olhos deixavam clara a ameaça, enquanto tivesse forças, revidaria.
Gustavo riu com desprezo, se aproximando do recipiente.
— Você acha mesmo que eu daria essa chance, Geraldo? Aliás, o que será que o Faraó faria ao ver sua criação mais preciosa voltando? — Perguntou ele, com sua voz carregada de ironi