Ela estava sentada na cama, com o olhar fixo na porta, sabendo que Marcelo estava do outro lado. Mesmo assim, o sono parecia distante.
Seu coração não se acalmava, pois as palavras de Marcelo ainda ecoavam em sua mente.
No fundo, ela sentia medo. Medo de expor o que realmente pensava e sentia. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro dela pulsava com uma inquietação incontrolável.
Logo, a porta se abriu novamente. Esther levantou os olhos e viu Marcelo entrando no quarto.
Ela ficou ali, atônita, observando, da mesma forma como tinha feito na primeira vez que o viu. Sem dizer nada, se limitou a encará-lo, incapaz de pronunciar uma única palavra.
Marcelo se aproximou, segurando uma xícara de leite em uma das mãos. Com um tom de voz baixo e profundo, disse:
— Beber leite antes de dormir faz bem. Este aqui é doce, ajuda a aliviar o estresse.
Esther olhou para o leite à sua frente e, em seguida, para o braço de Marcelo, onde as veias se destacavam levemente. Por um breve momento, ela ficou co