— Sou eu! — Marcelo agarrou o braço de Esther.
Ela levantou a cabeça, surpresa ao ver Marcelo à sua frente.
— O que você está fazendo aqui? — Perguntou, desconfiada.
Marcelo estava com o semblante sério e sombrio.
— Essa pergunta eu deveria fazer a você. O que veio fazer nesse lugar?
Esther sentiu o coração acelerar. Em suas mãos, ela ainda segurava firme o prontuário médico, algo que Marcelo não poderia descobrir de jeito nenhum. Sabia que, se ele soubesse, poderia tentar destruí-lo.
— Vim encontrar um amigo. — Respondeu ela, tentando soar despreocupada.
Marcelo a encarou com frieza, sem acreditar nem por um segundo.
— Você acha que eu vou acreditar nisso? — Rebateu ele, incisivo.
— E o que mais eu estaria fazendo aqui, então? — Esther insistiu, tentando manter a calma.
Marcelo não cedeu.
— Você entrou no quarto andar. — Disse ele, sua voz carregada de advertência. — Sabe qual é a consequência de invadir o território de desconhecidos?
— E o que tem? Eu saí daqui perfeitamente bem! —