Assim que Luiz desligou o telefone, o rosto de Esther refletia pura incredulidade.
— Luiz, o que você acabou de dizer? — Esther nunca imaginou que ele faria algo assim.
Ela sabia que o filho não era dele, mas mesmo assim, Luiz havia tomado a frente e se oferecido para ser o pai, algo totalmente inesperado.
— Desculpa ter decidido isso por conta própria. — Disse Luiz, tranquilo, como se tivesse pensado muito sobre isso. — Mas eu acho que só assim ele vai desistir de vez.
— E você? Como fica? — Esther franziu a testa, visivelmente preocupada. — Esse filho não é seu, não é justo você assumir esse papel!
Ela sabia onde estava pisando. Luiz ainda era jovem, com uma vida inteira pela frente. Como a família dele reagiria a isso? Como seria para ele no futuro, quando encontrasse alguém e quisesse se casar?
Esther não podia deixar que ele carregasse essa responsabilidade sem necessidade, ainda mais à custa de possíveis julgamentos dos outros.
— O que é justo ou injusto, Esther? — Luiz respond