O comportamento de Esther foi tão intenso e repentino que Marcelo não pôde deixar de perguntar, com uma sobrancelha arqueada em desconfiança:
— O que houve, Esther?
Ela estava visivelmente agitada, seu rosto levemente pálido enquanto suas mãos se moviam de forma instintiva sobre o ventre.
“Será que ele está crescendo? Está cedo demais para perceber algo.”, pensou Esther. Ela trocou olhares com Marcelo, tentando esconder sua ansiedade, mas o olhar desconfiado dele parecia penetrar suas barreiras.
— Talvez eu tenha comido demais. — Esther respondeu de maneira evasiva, desviando o olhar, como se procurasse uma saída rápida da conversa. — Quero dormir um pouco. Vou me deitar cedo hoje.
Ela se virou para o lado, fechando os olhos com determinação, não querendo encarar as perguntas de Marcelo que pareciam pairar no ar.
Marcelo a observou por alguns segundos, intrigado. O corpo dela, que antes era magro e frágil, agora estava visivelmente mais cheio, e ele não pôde deixar de notar como isso