Esther desligou o carro, mantendo uma expressão tranquila enquanto esperava Sofia se aproximar. Apesar do aparente controle, seu coração batia acelerado. Assim que Sofia parou ao lado do veículo, com a comida que havia trazido para Marcelo em mãos, deu um sorriso frio, um sorriso que não alcançava seus olhos.
— Por que não entrou? Ficou incomodada de ver a gente conversando? — Sofia perguntou, sua voz cheia de um sarcasmo velado.
Esther virou a cabeça, encontrando o olhar de Sofia com uma frieza calculada. Era como se não houvesse nenhuma emoção ali, apenas uma parede impenetrável.
— Tem algum problema? — Esther respondeu, indiferente.
— Você ainda não respondeu minha pergunta. — Sofia insistiu, franzindo o cenho, incomodada pela serenidade de Esther.
Esther desviou o olhar, encarando o horizonte por um breve momento, antes de responder com a mesma calma de antes:
— Sabe, às vezes, algumas pessoas fingem ter algo que não têm. Quanto mais elas se exibem, menos elas realmente possuem.
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