Esther terminou a última garfada e pousou o garfo, sentindo a tensão acumulada entre ela e Joana. Sabia que a sogra guardava ressentimentos há tempos. Marcelo já tinha desafiado Joana várias vezes por causa dela, o que só aumentava o desgosto da mulher.
Levantando-se, Esther encarou Joana com determinação.
— Mãe, na verdade, você nunca quis que eu tivesse um filho do Marcelo, não é? — Perguntou ela, com uma voz firme.
A pergunta pegou Joana de surpresa, mas ela rapidamente controlou suas emoções.
— Por que você está dizendo isso? — Joana respondeu, com uma expressão fria. Ela arqueou as sobrancelhas, tentando manter a compostura, mas seus olhos traíam um lampejo de desconforto.
— Você sempre quis que a Sofia se casasse com o Marcelo. Como poderia querer que eu tivesse o filho do Marcelo? Você sabe que ele nunca se aproxima de mim, sempre me dá aqueles remédios e diz que meu útero não é confiável, só para me rebaixar. — Respondeu Esther, seus olhos fixos nos de Joana, cheios de determi