Manuel pensou consigo: “Em breve, o grande peixe vai cair na armadilha.”
E, como previsto, nesse exato momento, Cláudio bateu na porta e entrou.
— Sr. Manuel, o Sr. Carlos chegou. — Disse Cláudio, se afastando para permitir que Carlos entrasse.
Agora, Carlos estava completamente diferente de como havia se mostrado pela manhã, com a arrogância própria de quem se sentia invencível. Ele parecia mais um fugitivo, completamente encoberto, como se tentasse se esconder do mundo. Estava com um chapéu, óculos escuros e máscara, como se estivesse quase sem fôlego, lutando para manter a calma.
Cláudio, embora soubesse o motivo de Carlos estar assim, não pôde deixar de sentir uma leve vontade de rir. No entanto, teve de reprimir o riso e seguiu sério.
Assim que entrou no escritório de Manuel, Carlos cuidadosamente retirou os óculos e a máscara, e, visivelmente assustado, falou:
— Sr. Manuel, preciso falar algo muito importante com o senhor. Pode pedir para o seu assistente sair?
Manuel acenou com