Rosana olhou para baixo, e aquela noite escura parecia um abismo sem fundo.
Tudo neste mundo parecia falso, e talvez, se pulasse, fosse a única forma de encontrar alguma paz.
Sempre que lembrava do passado, quando havia tratado Manuel como sua âncora, como a pessoa mais importante de sua vida, Rosana não conseguia se perdoar.
Ela fechou os olhos com força, e, com voz baixa, disse lentamente:
— Se houver uma próxima vida, eu espero nunca mais te encontrar. Manuel, eu te odeio, eu realmente te odeio. Eu te amaldiçoo, que você nunca saiba o que é o amor! Porque você não merece!
— Rosana! — Manuel gritou, seu corpo tremendo de raiva, os dentes rangendo. — Se você pular, eu vou fazer com que seu pai morra junto com você! Você não acredita? Então, experimente! Eu vou fazer você e seu pai morrerem juntos!
Rosana arregalou os olhos, completamente surpresa. Nunca imaginou que Manuel pudesse ser tão sem vergonha.
"Chegou a esse ponto, e ele ainda ousa usar meu pai para me ameaçar!"