Nos olhos escuros de Manuel, havia algo profundamente misterioso, algo que Rosana não conseguia entender. Ele desviou o olhar, então, e, pegando na mão de Rosana, disse:
— Não olhe mais para isso. Vamos, vá logo fazer o exame de sangue.
A mão de Rosana estava gelada, e sua palma estava coberta de suor frio.
Ao passar em frente ao banheiro, Rosana de repente parou e olhou para Manuel, murmurando, quase inaudível:
— Eu preciso ir ao banheiro.
Manuel mostrou uma leve impaciência no rosto. Parecia que ele queria que Rosana fosse direto ao exame de sangue, que tudo fosse resolvido o mais rápido possível. Mas, ao ver a fragilidade no olhar de Rosana, ele não teve outra opção senão consentir:
— Eu vou esperar você aqui na porta.
Rosana rapidamente entrou no banheiro.
Ela se apressou para encontrar uma cabine vazia, e, com mãos trêmulas, tirou o celular da bolsa e discou para Natacha.
— Natacha... — Rosana falou baixinho, sua voz não conseguia esconder o tremor. — Não me pergunte o motivo, só