—Não, obrigada. — Rosana recusou Manuel, com uma entonação que misturava distanciamento e desconforto. — Eu vou voltar para o trabalho. Você também deveria ir trabalhar.
Manuel a seguiu e disse:
— Me deixa te levar até o trabalho.
Rosana parou de repente, se virando para olhar Manuel com raiva, e respondeu:
— Sr. Manuel, quanto à nossa relação, eu entendo o que você fez hoje. Agora que você já sabe que não estou grávida do seu filho e que não há mais como me enganar, pode ir trabalhar tranquilo, certo? Por que insiste tanto em me acompanhar?
Manuel acenou com a cabeça, seu tom frio:
— Está bem, tome cuidado no caminho.
Dito isso, ele se virou e foi embora.
A tensão que Rosana tinha segurado por tanto tempo finalmente desmoronou naquele momento.
O hospital estava cheio de pacientes, e, embora Rosana não quisesse demonstrar sua tristeza para os outros, suas lágrimas começaram a cair incontrolavelmente, sem saber o motivo.
Nesse momento, o celular tocou. Era uma ligação de Natacha.
Rosana