Manuel ouviu as palavras de Cláudio e imediatamente se levantou, caminhando até a porta.
De fato, era Rosana quem estava ali, parada, com o rosto pálido e os olhos cheios de decepção e raiva.
Manuel, que sempre havia sido calmo e sereno, sentiu uma sensação desconfortável de apreensão se espalhando por seu peito.
Ele fez um gesto para que Cláudio saísse.
Em seguida, com uma voz grave, perguntou:
— O que você está fazendo aqui?
Rosana tirou a pasta com os documentos que Manuel havia deixado em sua casa e, com a voz trêmula, explicou:
— Eu trouxe a pasta que você esqueceu. Eu pensei que pudesse precisar dos documentos, então decidi trazer.
Manuel pegou a pasta, mas ao ver o estado de Rosana, soube imediatamente que ela havia escutado a conversa dele com Cláudio.
— Rosa, entre, vamos conversar.
Ele estendeu a mão, querendo conduzi-la para dentro do escritório e fechar a porta.
Porém, Rosana se esquivou de seu toque e ergueu o olhar para ele. Ela deu um pequeno suspir