Esses cinco anos tinham moldado Rosana a ponto de ela fazer tudo instintivamente de acordo com as preferências de Manuel.
Mesmo em sua própria casa, ela havia perguntado sobre o que ele queria comer sem pensar duas vezes. Rosana se envergonhava desse comportamento.
Com medo de que Manuel percebesse sua agonia, ela se apressou para a cozinha e começou a preparar o almoço.
Enquanto isso, Manuel já havia aberto o computador e estava completamente imerso no trabalho.
Pouco a pouco, o pequeno apartamento foi tomado pelo aroma da comida e por uma atmosfera de leve aconchego.
Perto do horário do almoço, Rosana trouxe os pratos prontos da cozinha.
— Está na hora de comer!
Ela chamou em direção ao sofá, mas ninguém respondeu.
Só então percebeu que Manuel estava concentrado no trabalho, com a camisa azul cuidadosamente dobrada até os cotovelos, deixando à mostra a pele morena dos braços.
Seus dedos longos deslizavam rapidamente pelo teclado, e sua expressão séria, com os lábios finos compri