Ao sair da delegacia, Rosana soltou um longo suspiro de alívio.
— Desculpa por ter tomado o seu tempo. Não precisa me levar de volta, eu posso pegar o metrô sozinha. — Disse Rosana a Manuel.
A forma contida de Rosana fez Manuel achar graça. Ele apertou de leve a bochecha dela e comentou:
— Só agora você percebe que tomou o meu tempo? E ontem à noite, quando estava me agarrando e não me deixando ir embora, você não pensou nisso, não é?
O rosto de Rosana ficou vermelho até as orelhas. Embora ontem ela tivesse sido afetada pela droga afrodisíaca, ainda lembrava vagamente o quão intensa e apaixonada havia sido aquela noite. Afinal, fora ela quem tinha tomado a iniciativa de fazer amor com Manuel.
Manuel, vendo Rosana daquele jeito, sentiu uma satisfação inesperada e perguntou:
— Agora você se lembrou?
Rosana mordeu o lábio inferior, totalmente envergonhada. Manuel passou o braço pelos ombros dela e, com um gesto suave, a colocou dentro do carro. Em seguida, ele também entrou.
Rosana olhou