Josiane caminhou por quase uma hora antes de conseguir pegar um táxi. Depois de dizer o endereço, ficou olhando para fora. A noite estava profunda, e não havia uma alma viva nas ruas.
O motorista olhou para ela e, de repente, perguntou:
— Moça, por que está andando sozinha na rua tão tarde? Não é seguro.
Josiane saiu de seus pensamentos e olhou para o motorista. Ele usava um boné e uma máscara, deixando à mostra apenas os olhos, o que a deixou inquieta.
— Eu briguei com meu marido. Ele deve me alcançar logo. — Josiane respondeu.
— Brigar com o marido e sair correndo é perigoso. E se encontrar alguém mal-intencionado? — O motorista comentou.
— Senhor, você é muito gentil. Vou tomar mais cuidado da próxima vez. — Josiane sorriu.
O motorista sorriu, mas não disse mais nada.
Josiane se manteve alerta até que o carro chegou ao condomínio.
— Moça, em qual bloco você mora? Posso levá-la até lá para evitar que você tenha que andar mais. — O motorista perguntou.
— Não precisa, obrigada. — Jos