Henrique olhou para o sorriso radiante nos olhos dela, e seu olhar escureceu um pouco. Ele acenou com a cabeça e disse:
— Certo.
Josiane imediatamente se levantou e disse:
— Toda história precisa de uma bebida, caso contrário, não tem graça nenhuma.
Henrique observou ela, toda animada, indo pegar a bebida, seu olhar se aprofundando. Pensando nela embriagada, ele não a impediu.
Josiane logo voltou, carregando uma caixa de cerveja. Colocou uma garrafa na frente dele e outra na frente de si mesma. Abriu a garrafa e deu um gole, fechando os olhos por um momento.
— É esse que deve ser o gosto!
Henrique puxou a anilha e deu um gole, seu rosto, normalmente severo e bonito, rarefez um sorriso suave.
Josiane então disse:
— Vou começar. Eu cresci em um orfanato.
Ela levantou as sobrancelhas e olhou para Henrique.
Henrique a observou com um sorriso que parecia um pouco irônico e disse:
— Só isso?
— Sim, exatamente. — Josiane assentiu.
Ele sorriu baixo e disse:
— Eu já tive amnésia.
Josiane ficou