O orfanato estava cheio de crianças que haviam sido abandonadas pelos pais.
Quando era pequena, Josiane não pôde deixar de pensar se ela também teria sido abandonada. Se seus pais haviam a gerado, por que não a queriam? Por tantos anos, ela nunca teve coragem de procurar seus pais biológicos.
Benjamin a observava com um olhar distante e disse:
— Talvez algo tenha acontecido com sua família, ou talvez você tenha sido roubada. Isso é possível, Josiane. Você quer procurar por eles?
— Ainda não sei. — Josiane respondeu.
— Então, pense com calma. Quando você decidir, me avise. Eu posso te ajudar. — Benjamin falou.
Josiane olhou para ele, tocada, e perguntou:
— Ben, por que você é tão bom comigo?
Benjamin, vendo o olhar dela, o mesmo de adoração que ela sempre teve por um irmão mais velho, sentiu uma dor no peito. Engasgou um pouco e respondeu:
— Quem mandou eu ser seu amigo, né? Haha.
Josiane sorriu de leve para ele.
— Eu vou pensar nisso.
— Está bem.
Benjamin não queria continuar aquele as