Julieta desviou o olhar dele.
- Meu celular estava no silencioso, não percebi as chamadas.
Francisco emitiu um murmúrio frio, avançou alguns passos em sua direção, observando ela de cima a baixo:
- É realmente verdade que não percebeu?
Julieta ergueu a cabeça para encarar seu olhar.
- Qual outra razão haveria? O Sr. Francisco acha que eu não atendi propositalmente?
A expressão de Francisco imediatamente se agravou.
- Sra Julieta, já lhe adverti sobre evitar essas birras desnecessárias, não?
- O que seria considerado "necessário"? - Julieta, incapaz de se conter, interrompeu. - Será que no coração do Sr. Francisco só as lágrimas da Mayara têm valor? Só a Mayara tem o direito de ficar abalada, enquanto eu nem sequer tenho direito de expressar os meus sentimentos?
Os olhos de Francisco se estreitaram, seus dedos, frios, avançaram para segurar o queixo dela:
- Por que a Sra. Julieta se coloca nessa posição de vítima? Providenciei a cuidadora que precisava, ofereci a compensação devida, por