Maya
Caminhei até a esquina e rezei para que um táxi aparecesse logo. Por algum motivo que eu desconhecia, estava me sentindo envergonhada por ter aparecido na porta de sua casa.
— Maya! — Allan gritou correndo atrás de mim.
— O que foi?
— Perdoe-me por isso.
— Tudo bem, Allan. Não estamos mais juntos e você não me deve satisfações.
— Devo sim! Eu queria te contar na noite que me mandou ir embora, mas...
— Espere aí! — interrompi-o alto. — Como assim ter me contado na noite que mandei você embora? Não estou entendendo, Allan! — Ele ficou tenso e desviou seu olhar do meu, respirando fundo. — Quando ela voltou?
— Há uma semana.
— Transou com ela enquanto eu estava em Oklahoma? Quando ainda estávamos namorando? — perguntei me sentindo irritada.
— Perdoe-me, por favor — pediu baixo e tornou a me encarar.
— Nossa... — Aquilo me magoou. — Uau! Além de um machista filho da mãe, é também um traidor? Fala sério, Allan! — disse histérica e empurrei-o pelos ombros.
— Fique calma e fale baixo! —