Maya
Allan e eu terminamos a cerveja e começamos outra. O papo estava bom e conversamos até as seis da madrugada. O medo que eu sentia havia ido embora temporariamente. Acho que ele sabia que eu não queria ficar só e mesmo não sendo mais meu namorado, eu precisava dele naquele momento e ele ficou.
Os raios de sol invadiram a sala e só então notamos que o dia começava a amanhecer. Allan se levantou, despediu-se de mim com um beijo no rosto e um rápido abraço, antes de ir embora esquecendo seu casaco preto sobre a poltrona. Eu tentei alcançá-lo, mas não cheguei ao térreo a tempo. Ao voltar para o apartamento, um cheiro bom de café forte invadiu minhas narinas fazendo-me suspirar. Aproximei da cozinha e encontrei Sasha de pé preparando o desjejum no balcão.
— Acordou cedo — disse a ela.
— Você também. De quem é o casaco? — Olhou para o mesmo que eu segurava nas mãos.
— Do Allan. Eu tentei alcançá-lo para devolver, mas ele já havia ido quando cheguei lá embaixo.
— Do Allan? Ele dormiu aqu